quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Made in outra constelação

Dentre os vales nebulosos de netuno, no outro lado da lua, no céu de diamantes, numa constelação muito distante, sai certo dia num dirigível luminoso, a procura do inusitado, não sabia eu que iria tropeçar no rastro de um cometa e pararia aqui... É, bem aqui, onde me encontro agora... de joelhos, mãos atadas, olhos vasados com uma venda pra não vir a assustar... E agora ainda mais tarde, vocês querem me calar ...Por que não falo vossa língua... Sou mesmo esse aglomerado de palavras, sem travas, fora da lei, das regras, já que não posso ser quem sou, de onde vim... Me rebelo nas palavras... estou me adaptando com essa forma de me comunicar, de me submeter a mais uma vez, ser quem não sou. De onde vim, nos comunicávamos através de ações... pois as palavras já estavam subtendidas, chamam isso de telepatia e acham isso surreal... Não saberia se quer somente compreender o que quero dizer... olhem para mim... não quero aparecer... só entender... me comunicar... quem sabe documentar, quem sabe até dizer, algo que não precise ser escrito... muito menos dito... somente feito... Deleito-me agora com toda sinceridade... Tenham mais dedicação não se vendam, não sejam nada nem ninguém, a única “coisa” que devem ser são vocês mesmos... Vista-se de toda a certeza que você ‘não’ tem... mais como escudo, não use nada cascudo, duro ou frio como um metal, por bem nunca por mal, coloque o próprio coração na frente, mesmo que o tenha enterrado a léguas de distância, anos luz, dentro de algum buraco negro... O ache, mesmo sem a certeza que ainda após de toda a jornada nas estrelas, ao conseguir, ainda assim, por fim, não tiver a quem ofertar... acredite mesmo em pedaços ele valerá a pena, por que, já diziam os seus poetas... Só o Amor salva!

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