
Caixas dentro de caixas e caixas e mais caixas.
Caixas por cima de caixas, para desencaixotar pensamentos
Encubados, virados, revirando os braços pra tentar caber dentro do obstáculo.
Muitos ratos, muitos sapos, baratas e pernilongos.
Seres de pernas longas tocando congas, maracas, maracás, e vejam só!
Não eram avestruzes, onde? Como? Exalar!?
Cruzes! Não mais pra carregar, de espanto falei, cruzes pra imaginar.
O peso dos caixotes de madeira de lei, mais que leis?
Não precisamos mais delas, luzes amarelas tentaram nos cegar.
E devagar íamos divagando, nos enrolando dentre os panos que usaram pra acobertar, esconder, ocultar.
Esse lugar de cores florescentes, de bocas sem dentes pra não machucar.
Não pelo mal, às vezes por prazer, estouros de efeito moral, nada de bombas nuclear, nada do normal.